sábado, 5 de dezembro de 2009

A dimensão política da Literatura Comparada Latino-Americana em sua relação com as literaturas dos “centros” culturais.

Os primeiros teóricos da Literatura Comparada acreditavam que existia uma fonte de onde todas as outras Literaturas tiravam a sua inspiração. Sendo assim, a fonte seria a Europa, com sua cultura antiga e sua Literatura já consagrada. A Literatura Latino-Americana, na sua condição colonial, seria uma imitação do que já foi feito nos países europeus.
Com o passar do tempo, outras teorias apareceram, entre elas a de que as obras do presente poderiam ser a fonte de obras do passado, já que as comparando percebemos características nas obras antigas que não havíamos percebido antes, sem as novas leituras.
Pegando como exemplo a Literatura brasileira, percebemos que em alguns momentos, Romantismo, por exemplo, houve uma tentativa de nacionalização da Literatura, devido a fatos históricos criou-se um horror ao que era proveniente de Portugal. Sendo assim, procurou-se fazer uma Literatura que exaltava as belezas brasileiras, mas para isto, usavam-se os modelos europeus.
Com o Modernismo, a idéia do Antropofagismo veio à tona e propôs-se que nós usurpássemos aquilo de bom que existia na Literatura européia, acabando desta forma, com a idéia de que a Literatura Brasileira por ser atual, era mera cópia da Portuguesa e das outras grandes Literaturas européias.

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