quinta-feira, 28 de maio de 2009

AS VIAGENS DE GULLIVER – JONATHAN SWIFT

O romance “As viagens de Gulliver”, do irlandês Jonathan Swift, foi lançado no ano de 1793. A história do livro, como o próprio nome indica, é cheia de aventuras e situações intrigantes. O médico aventureiro Lemuel Gulliver que recém-casado, sai em viagem de barco e acaba naufragando numa região remota da terra: Lilliput, um país governado por um rei cruel e habitado por pessoas minúsculas, o que garante à Gulliver o apelido de “Homem Montanha”.Esse país vive em guerra com Brefuscu, o país vizinho habitado também por pessoas muito pequenas. O estado de guerra entre os dois países, facilita a fuga de Gulliver, que encontra um navio e para provar a veracidade da sua história mirabolante, mostra aos navegantes os animais que trazia no bolso e era cortesia do rei de Brefuscu. Essa foi a primeira viagem de Gulliver.A primeira viagem é uma sátira cruel a Inglaterra e a sociedade contemporânea do escritor Swift.Para quem pensa que depois dessa aventura o nosso aventureiro se contenta em ficar na sua casa na Inglaterra, com sua esposa e filhos, vem uma surpresa, Gulliver sai novamente em viagem pelo mar.Dessa vez, ele novamente naufraga ( os naufrágios ficaram famosos na Literatura Inglesa depois de “Robinson Crusoé” de Daniel Defoe). A segunda localidade onde o médico vai parar é contrastante com Lilliput. Chama-se Brobdingnag e é habitada por gigantes, o que torna Gulliver um ser muito inferior, no tamanho. Além de tudo, o país é governado por um rei e leis muito justas.Nessa terra o contraste com a Inglaterra é explícito, levando Gulliver a tomar partido de seu país. Isso faz com que ele seja hostilizado pelo povo.Ele é hospedado primeiramente, na casa de um senhor, onde conhece uma menina muito carinhosa, Glundalclitch que lhe serve de enfermeira e protetora. O pai da menina, porém, o vê como propriedade a ser exposta e o vende para a rainha, permitindo que a pequena enfermeira o acompanhe.O rei passava horas conversando com o “pequeno” Gulliver e fazendo perguntas sobre a Inglaterra.Um dia, quando a pequena enfermeira estava doente, Gulliver foi levado por outro pajem até o mar e conseguiu escapar. Novamente no mar, ele é salvo por um navio inglês.Seguem algumas viagens mais desconhecidas, para lugares extremamente estranhos. Entre eles, está Laputa uma ilha flutuante, onde os habitantes têm conhecimentos de matemática e de música.Gulliver pensava em voltar para a Inglaterra, mas, a falta de um navio o fez visitar a ilha de Glubboubdrib a ilha dos feiticeiros ou mágicos. Nessa ilha o governador tinha o poder de chamar mortos à vida e exigir que trabalhassem por 24 horas. O nosso aventureiro ficou assustado no começo, mas, se acostumou e até chamou alguns famosos como César, Pompeu, Descartes, Homero, entre outros, para lhe esclarecer dúvidas sobre história antiga e moderna.Depois da estada nesse lugar, Gulliver resolve ir até o Japão e no caminho, vai parar na ilha de Struldbrugs onde os habitantes tinham a benção(ou maldição) de viver eternamente. O aventureiro pensa em se tornar um deles, mas, vê as desvantagens que isto lhe trará e desiste da idéia. Ele vai para o Japão e lá embarca num navio rumo à Inglaterra. Assim terminou a terceira viagem de Gulliver.A quarta e última viagem acontece porque Gulliver está cansado de ser médico de bordo e aceita ser capitão de um navio, no caminho é traído por um dos seus homens e deixado num bote no mar. Ele chega a Houyhnhnms e acredita estar louco quando vê que o local é governado por cavalos que agem racionalmente. Gulliver pensa em ficar para sempre nesse local, mas vai embora. E assim terminam as “viagens de Gulliver”.O contato com a humanidade subdesenvolvida e selvagem na terra governada pelos cavalos, faz com que Gulliver tome asco dos seres humanos que encontra no retorno da última viagem. Ele não consegue nem mesmo tocar sua esposa. Erroneamente classificado como Literatura infanto-juvenil, "As Viagens de Gulliver" apresenta questões políticas muito importantes e por isso, permanece interessante até os dias atuais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário